28 setembro, 2010

Márcia Haidée - Uma vida para a dança

"Todos possuem sua energia, mas só alguns conseguem canalizá-la em seu próprio favor. Nunca senti ciúme ou inveja de nenhum colega. Jamais precisei competir com ninguém, por uma razão muito simples: minha principal batalha era travada comigo mesma. Estou sempre em busca de superar meus próprios limites. Cada meta alcançada significa apenas uma nova empreitada a ser enfrentada e a exigir mais e mais trabalho. Exatamente essa característica, de que tanto me orgulho, me torna alvo fácil da incompetência alheia. Se isso incomoda, é problema dos outros, não meu."

" Só quem consegue aceitar o sucesso com a mesma naturalidade que sobrevive ao fracasso pode ser considerado bem-sucedido. Os que suportam o sofrimento, superando as dificuldades e os reveses , são os verdadeiros vencedores - e só isso já os faz merecedores de respeito. Muitos acreditam que o segredo do sucesso reside no talento nato, puro e simples. Claro que é um fator fundamental mas, sem tenacidade e persistência, o talento não leva a lugar algum."

"O preço do sucesso é muito alto, as vezes insuportável."

"Aqueles que deixam seu nome na história da civilização humana são os poucos que conseguem superar todas as provas e armadilhas que a vida se encarrega de apresentar a cada um de nós a todo instante. A barra é tão pesada que a maioria dos que entram para os compêndios não são necessariamente os mais talentosos. Em geral estes não aguentam a barra, mal conseguem ultrapassar o primeiro ano da escola. O reconhecimento do sucesso pelo aplauso do público representa apenas uma pequena parcela de todo esse processo, funciona como uma espécie de recarga de bateria para seguir adiante, para que os sonhos e projeto não sejam destruídos prematuramente. Por mais doloroso que seja, freqüentemente aprende-se mais com o fracasso que com o sucesso, assim como o sofrimento gera maior desenvolvimento que a felicidade - nada além de um breve instante de (necessário) repouso"
Esses são os trechos da primeira parte do livro liiiiiiindo que conta a vida da bailarina Marcia Haydée que eu separei para por aqui. O que ela diz é realmente uma lição. A vida dela é muito longa pra explicar em poucas linhas, mas ela era tão boa que foi reconhecida como a "Maria Callas da dança" e em 1976 foi nomeada diretora artística do Ballet de Stuttgart e em 1993 do Ballet de Santiago no Chile. Hoje ela já é aposentada e só faz alguma peças e talz. Recomendo a quem puder ler esse livro fantáááástico.

Deus ainda posso ser assim??? rsrs

Um comentário: